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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

TEORIA MUSICAL E EXPRESSÃO

No post anterior, falei sobre pulsação, tempo, expressão e engajamento. Também dei algumas dicas mais técnicas de como treinar a percepção de elementos constituintes da música para melhorar a consciência musical, desenvolver a percepção e decodificar emoção seja para o interprete seja para o ouvinte.

Hoje, vou falar de música popular e erudita dentro desses temas e a importância da teoria musical. Pois bem, começo falando do código emocional que alguns pesquisadores acreditam estar , no tempo e na pulsação como falei no blog anterior. No entanto, o código é pra lá de complexo pois é formado por uma constante e uma variável (para simplificar). A constante é a teoria e a variável a percepção, ou do ponto de vista estético-filosófico o código emocional é a dialética sujeito/objeto.

Vou exemplificar com o ícone da música popular Brasileira, Elis Regina, por ter-nos deixado referencias muito exatas de como a flutuação rítmica pode emanar expressões muito densas. 

Ao se referir a Elis em sua interpretação de "A Batucada da Vida" de Ary Barroso e Luiz Peixoto, H. Nascimento (ANPPOM, 2005), considera sua interpretação como um "divisor de águas" por alterar drasticamente  a interpretação do tempo de rápido para lento. Essa mudança interfere no significado da obra de "denotativo" _ ou seja, a interpretação rítmica mais rápida em referencia ao batuque _ para "metafórico" _ em referencia ao andamento da própria vida "lenta e arrastada". O autor ainda especifica a experiencia dessa interpretação como um "choque" que é nada mais do que um profundo engajamento entre percepção e significado e daí resulta o que podemos chamar de genuinamente original.

Na musica erudita o distanciamento entre o escrito e o interpretado passa pelos mesmos processos expressivos de flutuação rítmica, a musica barroca é um exemplo. Para muitos, salvo os clássicos de Bach, Vivaldi e Handel, a estrutura rítmica e harmônica da musica barroca é muito simples, fácil de ser tocada. Segundo Hegel, o significado de uma obra de arte está no sujeito e não na obra. Então a concepção de "simples" é basicamente um julgamento. Se no entanto, a música barroca for tocada pelo que se tem de conceitual na pulsação e no tempo (falei a esse repeito no blog anterior), ela certamente vai ser a música mais entediante do planeta.

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