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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

AULA DE MUSICA ONLINE | É O Que Parece?

Quando procuramos aula de música online queremos primeiro aprender de forma prática, rápida, confortável e barata!

A maioria dos cursos de música online são distribuídos de forma eficiente e direto ao ponto. No entanto, você sabe o que é inovação no ensino à distância/

O censo da Associação Brasileira de Ensino à Distância (ABED) 2014/14 faz uma reflexão muito interessante a esse respeito, indicando que o maior problema do ensino à distância é transportar o ensino tradicional para a realidade online,

Ou seja, o ensino à distância não é inovador em si, o que é inovador é como a tecnologia é utilizada de forma a modificar métodos tradicionais de distribuição, ensino e aprendizagem na internet.

Atualmente, a forma mais comum de se veicular aulas de música online, é por meio de vídeo-aulas. Sabe-se porém que esse não é um método inovador já que há muitos anos que se distribui videos em DVD de aulas de música.

Então o que mudou de fato, foi a forma de distribuição que ao invés de ser por meio de um produto físico, passou a ser um produto virtual, barateando a produção e o acesso e aumentando a rentabilidade.

Um ensino à distância realmente inovador exige pesquisa, tecnologia e um meio de distribuição que permita a interação em tempo real entre o aluno e o conteúdo com foco no engajamento do aluno. Para isso são vários os recursos disponíveis e ainda a serem produzidos que possibilitam essa interação em tempo real. Uma delas é a plataforma de ensino.

Uma plataforma de ensino é diferente de uma plataforma de marketplace, por exemplo. A primeira possui recursos tecnológicos que permitem a interação em tempo real entre aluno e conteúdo, permitindo feedbacks imediatos, (como em quizes) interação com outros alunos e com o professor.

A EdX por exemplo, possui um modelo muito clean de intereção entre aluno e conteúdo de alta qualidade, proporcionando que o aluno tenha controle sobre a sua aprendizagem e a possibilidade de ter o feedback em tempo real, sem a necessidade de escrever e-mail, esperar resposta, ou fazer uma ligação ou chat. Outra plataforma muito eficaz é a Moodle, que permite uma diversidade quase que infnita nas formas de interação do aluno com o conteúdo.

Nos cursos de musica online, fora os de nível universitário, é muito raro encontrar plataformas de ensino que permitam a interação em tempo real entre aluno e conteúdo de forma a acelerar a sua aprendizagem, efetivando assim os resultados.

Muitas pessoas confundem ainda que interação entre aluno e conteúdo online é algo como um App de música ou um game. Embora, a interação possa passar por esses dois recursos, na verdade os recursos tecnológicos devem também testar a aprendizagem do aluno, dar-lhe os meios de aprimorar-se se necessário oferecer formas de aprendizagem que permita a ele uma experiência real com o conteúdo "como se" ele estivesse em uma sala de aula.

Na hora de aprender música online é importante ter em mente essa pergunta: qual a diferença entre comprar essa aula online, ter uma aula presencial ou ir numa banca comprar um DVD?

Provavelmente a resposta vai ser o preço.

Se você for procurar as outras características do ensino à distância que se aproximam do que se chama inovação, é quase certo de que você não vai encontrar, pois não há possibilidade de interação em tempo real com um video, nem tampouco há um feedback, não há interação em tempo real entre um e-book e o aluno. Na verdade um e-book é um livro igual ao que se compra na livraria só que mais barato.

Resumindo, a vantagem do ensino da música online por meio de vídeo aulas é basicamente o preço e o conforto de ficar em casa. A vantagem do ensino presencial é a interação com o conteúdo e o feedback em tempo real.

Nenhuma das duas tem as ferramentas necessárias para cobrir a lacuna da outra. No entanto algumas plataformas de ensino conseguiram, por meio da tecnologia, unir preço, conforto, interação e feedback em tempo real, como é o caso do Moodle e EdX por exemplo.

Infelizmente, a maioria das pessoas pensa não fazer diferença, que tudo é a mesma coisa. Não é não. Por isso, ao escolher um curso de música online pergunte qual o diferencial que a plataforma de ensino tem? Qual a diferença entre ter aulas presenciais e comprar um video  online?  Lembre-se que é muito raro alguém divulgar os seus pontos fracos, suas falhas ou limites. Por isso, cabe ao aluno ter mais interesse em conhecer as possibilidades e sempre questionar se os benefícios, o preço, os diferenciais divulgados são compatíveis com aquilo que é oferecido.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

À PRIORI DA WEB - escolhendo a sua escola

No artigo anterior falei quais são as habilidades essenciais para aprender música. Dito isso, já podemos adiantar que não serão as ferramentas do ensino à distância nem tampouco o tipo de espaço educacional que vão determinar a sua aprendizagem.

No entanto, se você for capaz de reconhecer que a habilidade principal para aprender música está em você, e que um bom professor é de fato mais do que essencial para uma aprendizagem mais rápida e eficaz, então pode-se começar a pensar em quais métodos são os mais adequados para a sua personalidade e para o seu modo de vida.

Mas o que é uma aprendizagem mais rápida e eficaz, e o que é um bom professor?


  • aprendizagem rápida e eficaz: é aquela que propõe as soluções adequadas para resolver desafios técnicos e/ou conceituais de forma mais objetiva e com resultados claros, de fácil identificação. Por exemplo: João tem aulas de violão e demorou muito tempo até que ele percebesse que a forma que ele estava tocando estava "errada". Errada por que?? Porque quando ele se deparou com um bom professor, uma pequena mudança técnica no manuseio do violão conseguiu atingir um resultado expressivo impressionante, que ele não havia atingido em anos de estudo.
  • bom professor: muita gente acredita que conceitos de "bom" e "ruim" são subjetivos, relativos, principalmente quando se trata de música. No entanto, as coisas não são bem assim...às vezes as pessoas confundem qualidade musical com estilo musical, e o gosto de cada um por determinado estilo é o que acaba por definir o que é bom e o que é ruim, Basicamente, se eu gosto de determinado estilo, então ele é bom para mim e assim torna-se uma afirmação subjetiva. Acontece que, qualidade musical independe do estilo. Qualidade musical é um conjunto de elementos técnicos e expressivos, conceituais e práticos que transcendem o fazer mecânico e tornam-se arte: objeto que comunica "algo" para além das palavras, da linguagem cotidiana  _ e esta sim, pode ser de ordem completamente subjetiva. O bom professor tem a habilidade, o conhecimento e a experiência para fazer com que o aluno transcenda.
É impossível, que todas as escolas e que todos os professores de música ofereçam uma experiência transcendente. Por isso, desconheço uma escola ou instituição que não anuncie "melhores professores", "professores qualificados", "espaço climatizado", "melhor infraestrutura", mas o essencial não é transmitido no dia-à-dia do aluno. Não importa se as aulas são em grupo ou individuais, se são semanais ou mensais.  Não importa mesmo. Importa o quanto de tempo você vai gastar para superar os desafios de tocar um instrumento musical. Pode ser por meio de vídeo-aulas, aulas ao vivo on-line, masterclasses, workshops, aulas regulares semanais. 

O MODO DE VEICULAÇÃO DA APRENDIZAGEM SÓ É EFICAZ SE AS HABILIDADES ESSENCIAIS DO ALUNO E DO PROFESSOR FOREM SATISFEITAS À PRIORI.

Por isso, ao escolher a escola, o professor e o método que você vai estudar, pesquise com antecedência sobre o professor, sobre o método, sobre as metas na aprendizagem, os objetivos a serem atingidos, e compare. Pois a escolha que você tiver pode interferir significativamente nos resultados e nesse aspecto, cruelmente, a responsabilidade é de quem escolhe....


ENSINO DA MÚSICA NA WEB

Educação à distância não é novidade para ninguém, seu início ocorreu no século 19 na Europa e no Brasil, no século 20. Quem não sabe das séries educativas produzidas para a televisão?

Em música também sempre houve tutoriais impressos ou gravados que ensinaram a tocar um instrumento sem a presença regular do professor.

Com a era da internet, esse formato passou a ser adaptado aos recursos disponíveis e "viralizado" sem ser no entanto necessariamente "massificado".

Uma das vantagens do ensino à distância na web, é que a tecnologia pode oferecer interação com o conteúdo e acompanhamento do professor, tornando a aprendizagem à distância personalizada. Além disso, proporciona técnicas e recursos que podem tornar a aprendizagem ainda mais eficiente.

Pode parecer que o termo "personalizado" seja um jargão de marketing e muitas vezes pode tornar a eficácia do ensino a distância na WEB escondida em meio a outros tantos termos muito importantes, mas que dentro do contexto do mercado na WEB, aparentam um pouco vazios.

Por isso, nessa nova série de artigos, vou falar mais das características do ensino de música à distância, dar exemplos, falar da eficácia e dos meios disponíveis para aprender, os cuidados que devem ser tomados e tentar de alguma forma delinear caminhos que possam colaborar para formar parâmetros e critérios na hora de um aluno escolher por um curso.

Isso é importante, porque o marketing continua tendo um papel importante no processo de tomada de decisão, e por isso o surgimento do marketing de conteúdo tem sido bastante explorado.

Eu já presenciei casos de alunos escolherem professores pelo "tipo" de espaço oferecido e não pelo "conteúdo" do professor. E a verdade é que o principal é o professor. E a prova disso são os inúmeros exemplos que temos de aprendizagem de música nas comunidades desprovidas de assistência, recurso, ou de qualquer ambiente digno _ e que possuem uma altíssima produtividade e qualidade. 

Com isso nos deparamos com outros aspectos mais profundos que são os valores que permeiam a educação e o ensino-aprendizagem. Pois são coisas desse tipo que não estão aparentes, e que muitas vezes são obscurecidas pelo marketing, e às vezes uma pessoa precisa apenas daquilo que não é aparente: força de vontade e um bom professor.

Obrigada pela atenção de vocês e espero seus comentários! 
Abraços
Lelia
 

A BOA MÚSICA DISPENSA PALAVRAS

Eu fiquei muito ansiosa para escrever este último artigo da série Teoria Musical - Pulsação e Tempo. Principalmente, porque o melhor da música é sempre fazê-la, mais do que falar sobre ela. E a verdade que é a prática que faz o músico. Mas, como toda moeda tem dois lados, a Teoria Musical serve para refletirmos a respeito da nossa prática e nos dá referências para nos auto-avaliar. A auto-avaliação do músico depende muito de suas referências e do seu conhecimento, e por isso resolvi começar o Blog com esse tema. 

Peço que leiam os artigos anteriores pois eles fazem parte de uma sequência do pensamento a respeito de pulsação e tempo sob uma ótica mais musicológica do que técnica. 

Vejam Elis Regina e Carmem Miranda interpretando "Na Batucada da Vida" e gostaria caso alguém queira comentar. Duas formas de concepção rítmica do samba. Fantástico! Inspirador! Porque nos dá a certeza de que podemos exercitar nossa autonomia na música! Melhor ainda se essa liberdade for esculpida com conhecimento, além da paixão!

Semana que vem,  vou falar de outro assunto. Ensino à Distância e Música. Por que? Porque tenho recebido muitos questionamentos à respeito da eficácia do ensino da música à distância e certamente será desafiador comentar sobre o assunto.

Obrigada!

DA SENSAÇÃO AO CHOQUE

No artigo anterior, vimos como a interpretação do tempo é determinante para atingir diversos níveis de expressão musical. E o aspecto essencial dessa determinante é basicamente a percepção. Então, a pulsação, o tempo são elementos internos do sujeito, ou seja, eles devem ser concebidos como "feeling", "swing" por onde o ritmo flutua. De outra forma, a música pode ficar "quadrada". Só para esclarecer mais um pouquinho, aquele "ritmo regular e constante" deve residir dentro do músico e não na música e vai prevenir a perda da "batida" sem prejudicar o controle rítmico que possui uma variedade infinita de interpretações.

Ao ter a pulsação e o tempo como elementos básicos da música, conclui-se que a música começa de dentro para fora. Ela está primeiro no sujeito, e depois se materializa em arte. Parece óbvio, mas quando estudamos música, principalmente teoria, pensamos em algo concreto e sedimentado que não dá vazão à criatividade e à liberdade de expressão.

Por lidar com aspectos mais básicos da percepção, a transformação de pulsação para "feeling", ou da sensação ao choque, vai depender de cada um. Então uma das sugestões é escutar muita música. Especialmente de grandes interpretes e compositores de qualquer época e estilo. Concentre-se apenas em um elemento da música para seguir, como o baixo, violino, ou voz e se abstenham de qualquer juízo de valor. Você poderá sentir resistência em ouvir estilos que normalmente não ouviria, mas lembre-se: a postura do músico não deve ser a mesma do ouvinte (que escolhe o que quer ouvir). O músico precisa se voltar para seu aprimoramento expressivo e criativo que consiste na obtenção de diversas habilidades, sendo a percepção apenas uma delas.

Você vai poder verificar a enorme distância que há entre percepção e expressão, o que é por vezes desanimador, mas por outro lado é a consciência necessária para enfrentar o trabalho de formiguinha do músico e também, ajudará na superação de desafios sem perder tempo e atingir níveis expressivos surpreendentes!

Para finalizar, não desmereça os aspectos mais simples da música, eles podem ser o que falta para o "pulo do "gato". No próximo artigo vou trazer muitos exemplos musicais para conversarmos de forma mais prática sobre expressão, pulsação e tempo!

Obrigada! E sucesso!



TEORIA MUSICAL E EXPRESSÃO

No post anterior, falei sobre pulsação, tempo, expressão e engajamento. Também dei algumas dicas mais técnicas de como treinar a percepção de elementos constituintes da música para melhorar a consciência musical, desenvolver a percepção e decodificar emoção seja para o interprete seja para o ouvinte.

Hoje, vou falar de música popular e erudita dentro desses temas e a importância da teoria musical. Pois bem, começo falando do código emocional que alguns pesquisadores acreditam estar , no tempo e na pulsação como falei no blog anterior. No entanto, o código é pra lá de complexo pois é formado por uma constante e uma variável (para simplificar). A constante é a teoria e a variável a percepção, ou do ponto de vista estético-filosófico o código emocional é a dialética sujeito/objeto.

Vou exemplificar com o ícone da música popular Brasileira, Elis Regina, por ter-nos deixado referencias muito exatas de como a flutuação rítmica pode emanar expressões muito densas. 

Ao se referir a Elis em sua interpretação de "A Batucada da Vida" de Ary Barroso e Luiz Peixoto, H. Nascimento (ANPPOM, 2005), considera sua interpretação como um "divisor de águas" por alterar drasticamente  a interpretação do tempo de rápido para lento. Essa mudança interfere no significado da obra de "denotativo" _ ou seja, a interpretação rítmica mais rápida em referencia ao batuque _ para "metafórico" _ em referencia ao andamento da própria vida "lenta e arrastada". O autor ainda especifica a experiencia dessa interpretação como um "choque" que é nada mais do que um profundo engajamento entre percepção e significado e daí resulta o que podemos chamar de genuinamente original.

Na musica erudita o distanciamento entre o escrito e o interpretado passa pelos mesmos processos expressivos de flutuação rítmica, a musica barroca é um exemplo. Para muitos, salvo os clássicos de Bach, Vivaldi e Handel, a estrutura rítmica e harmônica da musica barroca é muito simples, fácil de ser tocada. Segundo Hegel, o significado de uma obra de arte está no sujeito e não na obra. Então a concepção de "simples" é basicamente um julgamento. Se no entanto, a música barroca for tocada pelo que se tem de conceitual na pulsação e no tempo (falei a esse repeito no blog anterior), ela certamente vai ser a música mais entediante do planeta.

PULSAÇÃO, TEMPO E EXPRESSÃO MUSICAL

Olá pessoal!

Como disse no artigo anterior, vou falar de teoria musical, porque com mais de 10 anos como professora pude constatar que a maioria dos meus alunos começavam a estudar música achando teoria chato, desnecessário e "desmotivante". Por isso procurarei dar um enfoque menos técnico da teoria com vistas a compartilhar da sua verdadeira importância para performance, para a expressão musical e consequentemente para o engajamento do ouvinte.

Pesquisas indicam que as performances menos expressivas são aquelas que interpretam o tempo por meio do conceito estrito de pulsação (ritmo regular e constante). O que ocorre é que o tempo interpretado nunca é estrito, é sempre tocado com diferenças sutis na duração, na intensidade que variam quase sempre de intérprete para  intérprete.

Disso resulta que tempo é um dos fatores importantes para decodificar emoção em uma performance musical. No entanto, importante verificar, se estamos conscientes dessas sutilezas no momento em que tocamos um instrumento. Quem já se gravou praticando um instrumento em casa e ao ouvir, o resultado era bastante diferente daquilo que se tinha em mente no momento da performance? Adquirir essa consciência é importante porque nos permite controle e autonomia na performance proporcionando maior expressão e assim, um engajamento maior com o público.

Por consciência musical não falo de conceitos do tipo "pulsação é um ritmo regular e constante" ou "tempo binário possui um tempo forte e outro fraco." Mas sim um conjunto de elementos cognitivos, orgânicos (fisiológicos) e técnico-práticos que com o tempo tornam-se registros cerebrais que permitem uma comunicação fluida entre o músico e o ouvinte. Tão fluida que o ouvinte não consegue perceber ou identificar o grau de esforço e o grau de dificuldade que a performance demanda, mas apenas o caráter emocional, expressivo da música.

Uma das formas de se obter essa consciência no momento em que praticamos o instrumento é separar os elementos que compõe a peça musical. Leia a partitura antes de tocá-la, sinta a pulsação, o tempo, antes de executá-los. Imagine como a música deve soar, como você gostaria de ouvi-la?Concentre-se primeiro na leitura e na correta posição das notas no instrumento. Preste atenção nas inflexões necessárias, métrica, depois passe para a articulação, para a forma como uma nota se une com a outra, de forma a formar frases coesas. Deguste cada pedacinho da música. Quando você for pegar o instrumento, faça a mesma coisa, a partitura já vai ter outro significado para você. 

Você provavelmente vai chegar a níveis mais expressivos com maior rapidez. Mas de qualquer forma, isso é apenas uma ilustração, um exemplo de como a consciência dos parâmetros do som são extremamente importantes para se obter um nível mais expressivo na performance e não é por acaso que são os primeiros elementos a serem ensinados na teoria da música. A música pode ter uma harmonia belíssima, um ritmo energizante, mas sem expressão não há engajamento.

Por ser um elemento básico da música, a importância da pulsação, do tempo, é muitas vezes negligenciada a medida que avançamos no estudo. Disso pode resultar uma performance inexpressiva, ou no mínimo, resultar na distância entre o que pensamos estar tocando e o que de fato tocamos, gerando por vezes um certa frustração e desânimo.

Essa distância é também percebida pelo ouvinte, e é essa percepção que determina o seu engajamento. Minimizar essa distância significa aumentar a consciência dos elementos que compõe a música em níveis profundos e não somente conceituais. Ou seja, pensar no som como um objeto a ser moldado e não como uma representação conceitual que por si só cria expressão. Por isso ao estudar teoria é importante lembrar que ela não está distante da performance, e que muitas vezes é a compreensão da importância dos aspectos aparentemente mais simples (como a pulsação), que vai fazer a diferença na interpretação. 

Tempo e pulsação podem ser compreendidos em diversos níveis de complexidade mas o importante é aprender o quanto antes a relevância desses elementos na prática para que se possa diminuir tempo de estudo, ter resultados mais efetivos  e usufruir dos benefícios da música.

Nas próximas publicações vou falar de pulsação, tempo e alguns estilos musicais que vão desde o popular ao erudito. Até lá! Deixem seus comentários, escrevam suas experiências!

Obrigada!



Referências 

M. F. McKinney, D.Moelants, M. E. P. Davies and A. Klapuri. Evaluation of Audio Beat Tracking and Music Tempo Extraction Algorithms. Philips Research Laboratories, Eindhoven, The Netherlands; Ghent University, Belgium; Queen Mary University of London, UK; Tampere University of Technology, Finland: Journal of New Music Research 2007, Vol. 36, No. 1, pp. 1 – 16 


sábado, 29 de outubro de 2016

TEORIA MUSICAL

Olá! A Master Música está lançando seu Blog. Muito animada com tantos assuntos interessantes que podemos compartilhar.

Primeiramente, vou selecionar alguns temas que de acordo com pesquisas que fizemos parecem ser os mais relevantes.

Cada semana  enviarei um novo post ao nosso blog com um desses assuntos para você acompanhar conteúdos que podem interessar. Vamos começar com TEORIA MUSICAL.

Acredito que se você já estudou ou estuda música, você já deve ter ouvido falar dos parâmetros do som. Os parâmetros do som são elementos que compõe o som: duração, altura, intensidade e timbre. Qualquer som, seja ele musical ou não, possui essas características.

Acontece que em música cada parâmetro é organizado de forma a estruturar uma linguagem musical e fazer dela algo "natural" em nossas vidas. Não paramos para pensar na estrutura musical quando ouvimos música, mas a estruturação desses elementos torna a comunicação musical uma magia de sentimentos, sensação que muitos estudiosos chamam de "prazer estético". Há estudos ainda que indicam que o simples ouvir musica é capaz de colaborar com o desenvolvimento intelectual do indivíduo. Pesquisas recentes demonstram que a música ajuda a desenvolver a inteligência, principalmente quando criança. E estudo da música envolve, claro, a teoria musical.

Acontece que atualmente, parece que estudar teoria virou um certo "tabu". Muitos estudantes desistem da música por causa da teoria musical, acham chato e desnecessário. Acontece que a teoria musical vai fazer diferença (e grande!) nos resultados e ela é o esqueleto de toda a beleza e originalidade de uma música.

Pois então, vamos começar a desmistificar a teoria musical, torná-la prazerosa, compreensível, eficaz e principalmente torná-la útil. Você vai perceber a eficácia da teoria musical seja para leigos ou para músicos profissionais.

Até semana que vem!!